Depressão na adolescência: 6 sinais que merecem atenção

Depressão na adolescência: 6 sinais que merecem atenção

A principal característica da depressão na adolescência é um sentimento persistente de tristeza e perda de interesse em atividades cotidianas, inclusive prazerosas. Afeta diretamente as habilidades socioemocionais ― como o adolescente se comporta, pensa, se socializa e encara sua vida ―, podendo gerar sérios danos emocionais, funcionais e físicos. 

O problema é que, muitas vezes, se trata de uma doença silenciosa, não raro ignorada ou menosprezada pelas famílias, por simples falta de conhecimento. Além disso, os sintomas da depressão podem ser diferentes em adolescentes e adultos.

A questão é tão séria que a Organização Mundial de Saúde (OMS) já avisou que os casos de depressão na adolescência estão aumentando em vários países, e essa já é a terceira principal causa de morte na fase entre 15 e 19 anos de idade.

Por esse motivo, é preciso reconhecer quando existe a possibilidade de o adolescente estar com depressão. Confira aqui 6 sintomas comuns para observar.

1. Dores e alterações nas funções do organismo 
Sentir-se mal com frequência, e sem motivo aparente, pode ser um dos sintomas de depressão na adolescência. Isso inclui dor nas articulações e nos membros, dores nas costas, problemas gastrointestinais, cansaço excessivo, alterações da atividade psicomotora e alterações do apetite.

2. Tristeza, ansiedade ou um sentimento de desespero
Todos temos momentos em que, por alguma razão, ficamos tristes ou desesperançosos. Diante de algumas situações, é natural que alguns adolescentes desenvolvam um sentimento de tristeza, desamparo ou ansiedade em sua vida. No entanto, se essas angústias tornarem-se persistentes e a ponto de incapacitá-los para atividades, isso pode ser um sinal de depressão. Outros sinais associados são:

sentimento de culpa;
desmotivação;
choro excessivo;
apatia;
isolamento da família e amigos;
autolesão ou comportamento autodestrutivo (uso de drogas, comportamento sexual promíscuo etc.).

3. Problemas para dormir nos horários certos 
Distúrbios do sono são sintomas-chave nos critérios de diagnóstico de depressão e atingem boa parte dos adolescentes diagnosticados. Eles incluem tanto a insônia, definida clinicamente como dificuldade para iniciar e/ou manter o sono, quanto a hipersonia, definida como sonolência diurna excessiva e/ou duração excessiva do sono.

4. Dificuldade de concentração e baixo desempenho escolar
Se, de repente, o adolescente começa a ficar desatento e as notas começam a cair sem explicação, esse pode ser mais um sinal de alerta para a depressão. A falta de concentração pode estar ligada a excesso de pensamentos pouco úteis e à falta de motivação para se destacar em suas tarefas e compromissos.

5. Agressividade e irritabilidade
Pessoas deprimidas não ficam apenas tristes e apáticas. As emoções podem se confundir, incluindo se sentir descontente, ressentido ou irritado. Também, isso pode levar à violência em pessoas predispostas a tal comportamento, especialmente quando confrontadas com forte frustração.

Além disso, a raiva intensa tem como gatilho: baixa autoestima, ser vítima de bullying, exclusão social ou sofrer pressão de um grupo.

6. Compulsão por comida
Alguns adolescentes descontam seus medos e frustrações na comida, tendo o apetite alterado e comendo demais. Entre as consequências, está o sucessivo aumento de peso e até o quadro de obesidade. Porém, é preciso prestar atenção à perda de apetite, já que em alguns casos a depressão suprime significativamente a fome.

O que os pais podem fazer para ajudar diante de uma suspeita de depressão dos filhos?
Você acha que está diante de um caso de depressão na adolescência? Não se desespere, pois há várias maneiras de ajudar, especialmente se for com seus filhos. Tome os seguintes cuidados:

demonstre abertura para ouvir os sentimentos do adolescente;
informe-se sobre o que é a depressão na adolescência;
converse com a escola e tente entender o que está acontecendo;
procure um psiquiatra e/ou um psicoterapeuta de confiança;
trace uma estratégia de tratamento com esses profissionais;
acompanhe a rotina diária do adolescente;
ajude o adolescente a ter uma vida mais saudável (alimentação, dormir nos horários certos, exercitar-se etc.);
preste atenção aos hábitos, atividades e conteúdos que o adolescente consome, especialmente na internet;
tenha calma, paciência e empatia, mesmo nos momentos de maior descontrole.
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Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/blog/depressao-na-adolescencia/