Ansiedade na adolescência: quais são os sintomas e como os familiares podem ajudar?

Ansiedade na adolescência: quais são os sintomas e como os familiares podem ajudar?

Saiba como identificar alguns sinais de ansiedade na adolescência e como a família pode ajudar os filhos a lidarem de maneira saudável com esta questão.

A saúde mental é muito importante para uma vida com qualidade, especialmente na juventude, quando a pessoa está se desenvolvendo física e emocionalmente. Nesse sentido, a ansiedade na adolescência pode se transformar em um problema sério, pois prejudica o desenvolvimento e dificulta tarefas simples do cotidiano.

Segundo pesquisa desenvolvida pelo professor Fernando Asbahr, da Faculdade de Medicina da USP, cerca de 10% das crianças e dos adolescentes já sofrem de ansiedade. Esse é um número alto, que demonstra a relevância do assunto, pois, de acordo com a OMS, 10% da população brasileira sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade. Portanto, o acompanhamento familiar é importante para detectar e combater esse problema.

Neste artigo, demonstraremos como os familiares podem identificar sintomas de ansiedade nos adolescentes. Além disso, veremos de que modo a família pode ajudá-los a superar esse problema. Acompanhe a leitura!

Quais são os principais sintomas de ansiedade na adolescência?
A ansiedade pode ser percebida de diferentes formas, como a preocupação excessiva sobre possibilidades futuras, o medo de errar e de ser rejeitado e o temor pelo que não é controlável. A pessoa ansiosa convive com diversas emoções contrastantes e intensas, principalmente quando não sabe como lidar com os sentimentos.

Por isso, esse transtorno é capaz de prejudicar o desenvolvimento durante a adolescência, sendo importante reconhecer os sintomas para buscar uma solução. Confira alguns sinais que podem indicar que seu filho está precisando de ajuda!

Dificuldade para prestar atenção na aula
A dificuldade para prestar atenção na aula é um indicativo de que seu filho pode estar sofrendo com a ansiedade. Ela faz com que o adolescente não consiga se concentrar no presente, passando a pensar já no resultado das provas, por exemplo, o que não é saudável.

Isso pode ser notado pela queda das notas e por uma irritação com assuntos relacionados ao estudo. A possibilidade de falhar prejudica a concentração e distrai o estudante, impedindo que ele compreenda os conteúdos passados durante as aulas.

Preocupação em excesso
O adolescente ansioso costuma expressar mais preocupação sobre o que as outras pessoas pensam dele. Essa é uma fase complicada, na qual é necessário conciliar transformações físicas e emocionais com a pressão dos estudos, o que pode prejudicar a autoconfiança do jovem.

Desse modo, a cobrança excessiva passa a fazer parte do cotidiano, gerando dificuldade de concentração e uma autocrítica muito forte. Esses sentimentos e atitudes podem desencadear o transtorno de ansiedade generalizada, conhecido como TAG.

Desconforto intenso em situações sociais
Essa é uma das demonstrações mais comuns durante a adolescência. Nela, o jovem demonstra desconforto, suor, gagueira e náusea quando necessita passar por um momento de interação social.

O adolescente que costuma ficar sozinho, tirar notas baixas e não demonstra interesse pelas atividades escolares ou pelo futuro profissional pode estar com esse sintoma. É importante não confundir o desconforto social com a timidez, que também é muito comum nessa fase da vida.

Inquietação emocional
Esse é um problema detectado quando o adolescente demonstra inquietação ao imaginar ou perceber que precisa se afastar de pessoas com quem divide forte conexão emocional. Desse modo, ele fica incomodado ao ficar longe da família, parentes próximos ou amigos mais chegados.

Essa agitação prejudica a concentração e provoca irritação. O resultado desse comportamento é uma dificuldade em participar de atividades simples de convivência, como uma reunião social ou, em casos mais complexos, uma mudança de escola.

Ações repetitivas e pensamentos intrusivos
Algumas ações repetitivas, como mudar constantemente um objeto de lugar ou lavar as mãos em excesso, podem ser um sinal de que ele está desenvolvendo o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Este também é um tipo de ansiedade e deve ser notado pelos responsáveis.

Os pensamentos intrusivos que atrapalham a rotina, impedindo a tomada de decisões simples, também devem ser analisados. Os dois casos dificultam a rotina do adolescente, que tem mais dificuldade para realizar atividades cotidianas, sentindo-se mal por isso.

Como familiares podem ajudar os adolescentes a superar esse problema?
Ao identificar algum desses sintomas nos adolescentes, os familiares devem estudar maneiras de abordar o problema de forma natural para manter a saúde emoional dos filhos. O apoio e a solidariedade nesse momento são importantes para que eles se abram e possibilitem a ajuda, caso contrário, eles podem se fechar ainda mais. Confira o que pode ser feito!

Diálogo
É preciso muito tato e carinho para saber lidar com o momento. Busque entender as causas da ansiedade e como ela está afetando o cotidiano. Lembre-se de se mostrar disposto a conversar sobre os medos e frustrações, escutando o que o adolescente tem para dizer e mostrando que ele está em um ambiente seguro.

Essa é uma maneira de contribuir para o desenvolvimento socioemocional do adolescente, ajudando a lidar com suas emoções e aspectos sociais. Depois disso, encontre atividades e costumes que ajudem a aliviar os sintomas e a melhorar o dia a dia do adolescente.

Alimentação e exercícios
Igualmente é importante buscar uma alimentação balanceada, a qual é fundamental para diminuir a probabilidade de transtornos alimentares ligados à ansiedade. Os exercícios físicos também são bons aliados, pois liberam substâncias como a endorfina, que auxilia no combate à ansiedade. É possível ainda encontrar atividades que sejam prazerosas e possam ser feitas em família.

Ajuda profissional
Quando você perceber que o caso é mais sério, é fundamental buscar ajuda profissional. O tratamento deve ser feito por um profissional da área, como um psicólogo ou psiquiatra. Assim, torna-se possível definir qual será o método de atendimento.

Lembre-se de que, quanto mais cedo o tratamento for aplicado, maiores são as probabilidades de uma recuperação rápida. Os adolescentes estão numa fase importante da vida, por isso resolver esse problema contribui para que eles se desenvolvam de forma integral.

Neste artigo, vimos como a ansiedade na adolescência afeta a vida de muitos brasileiros, prejudicando o desenvolvimento desse grupo. O acompanhamento familiar é importante para detectar os sintomas e para buscar uma solução para o problema. Desse modo, o adolescente receberá a ajuda necessária e conseguirá superar os desafios do cotidiano.

Gostou deste conteúdo? Quer saber como lidar com as emoções dos seus filhos? Então, continue navegando em nosso blog e confira outras dicas que a Escola da Inteligência tem para a família!

Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/blog/ansiedade-na-adolescencia/